terça-feira, 21 de setembro de 2010


'...E teve uma hora que devido a frequência
deliciosa e absurda de música e entorpecente,
me senti inteiramente anestesiada, olhava por toda parte
via as mudanças de comportamento e de cores
daquele céu, que estava incrivelmente lindo...
Lindo com suas cores, roxa, vermelha, vagamente azul...
Por entre as brechas das arvores que também
tinham o verde que dava o ar de liberdade.
Era como se eu estivesse tomando um banho de paz, e tinha
tudo isso ao meu favor, pessoas maravilhosas ao meu redor.
Cada um lá longe com o seu mundinho particular,
que é assim que chamamos...
Estava tudo quase que perfeito ao meu modo de ver.
Te vi vindo em minha direção, logo, me pediu algo que
na realidade não me recordo, lembro que fiz, mas
não me recordo do que seja, só conseguia te olhar
daquele meu modo que você já conhece, e no meio
de tudo isso a minha ideia fixa. Fixei.
Pedi e ganhei, guardei como se fosse o último, encarei
como se fosse o primeiro, te disse uma engasgada frase,
mas te olhei nos olhos e os mesmo te disseram
milhares de coisas. Não sei se entendeu, mas sei que sorriu!
Cheguei com a maior humildade do mundo, com uma voz
mas pra dentro do que pra fora, misturados de vergonha,
de receio, dentro de mim me derrubando pra todos os lados.
E fiz o que achava que deveria ter feito. Num toque,
num impulso, sem 1,2,3 e já...
O mundo não girou, mas a minha mente parecia
uma bola em uma decida...
decia, rolava, cada vez mais rapido...
Me joguei no meio pista, me acabei
enlouqueci, alucinei, fiquei sem ar,
dancei, pulei, gritei... te abracei. (L)

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